segunda-feira, 1 de julho de 2013

A COPA É NOSSA


Muita gente protesta contra os possíveis gastos com a Copa do Mundo. Eles existiram. Ainda haverá outros. Agora eu pergunto: no momento da candidatura do Brasil para a sediação da Copa do Mundo, quem era contra? Porque houve tantas disputas entre cidades para sediar fases? Alguém sabe quantos empregos foram gerados? Será que a empregabilidade não contribui de alguma forma para a educação, saúde, segurança, enfim para a melhoria da qualidade de vida? A Copa do Mundo serviu para mostrar alguns gargalos durante muito tempo ignorados. O transporte público no Brasil não tem problemas por causa da Copa, mas tornou-se visível através dela. A saúde pública tem uma política de universalização muito recente, data da Constituição de 1988 e agora, após esse breve período de implantação deve ter a revisão ou ampliação de conceitos. Desde quando, vergonhosamente, tem sido retratados problemas no atendimento em todo o Brasil? Não é de agora, mas certamente foi nos governos petistas que tiveram as ações mais efetivas e a disposição governamental para maiores avanços. Moradia? As favelas se espalhavam pelo país, agora continuam a existir, mas, existe um processo de urbanização e construção de moradias dignas. Ninguém construiu mais moradias que os dez anos de governo petistas. E as escolas? Dê uma olhadinha desde quando o governo da Presidenta Dilma está insistindo na aplicação dos royalties do petróleo para a educação. Isso sem falar no acesso das classes populares a faculdade, inclusive, aos cursos considerados redutos –quase – exclusivos das elites brasileiras. O que me diz do bolsa família? Verdadeiro gol de placa. Quantos brasileiros foram resgatados da linha de pobreza e trazidos para o exercício da cidadania? Quem é contra o Bolsa Família levante a mão. Diga claramente a sua posição. Mas e a Copa? Vai aquecer a economia e – pasmem – abrir largos sorrisos, inclusive, na elite que irá faturar com a geração de consumo de bens e serviços. Na grama, hoje, o Brasil estraçalhou a equipe espanhola, considerada a “melhor” do mundo.  O que isso significa aos brasileiros? Auto-estima. Amanhã, as lutas, os movimentos populares não vão cessar. O brasileiro descobriu que pode avançar mais e o caminho nunca será o comando direita volver”,  por isso, apenas de seguir o canto das sereias, reflita, parafraseando algo que li na internet, sobre o que as bandeiras vermelhas fizeram pelas classes populares, enquanto parcela descompromissada dormia em berço esplendido. 

Marco Antonio Veiga