quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Análise política

Pérolas petistas

Como já disse aqui reiteradas vezes, criticar o governo, o PT e sobretudo o próprio Lula hoje em dia, é chover no molhado. É misturar críticas eventualmente fundamentadas – e espero que ninguém ache que não há críticas a fazer – com as mal-intencionadas e injustas que o presidente e seu grupo político sofrem ininterruptamente na mídia.

Porém, levar essa postura ao extremo de recusar fazer certas críticas indispensáveis, que inclusive podem ajudar o país, só para não engrossar a gritaria petefóbica e lulofóbica, pode ser pior.

Vejam bem essa situação da economia brasileira diante da crise internacional. A mídia está deitando e rolando em cima da frase de Lula sobre a “marolinha” que seria essa crise no Brasil, assim como deitou e rolou sobre o “relaxa e goza” de Marta Suplicy ou sobre os “aloprados” do presidente.

Quando se vê que há problemas localizados na economia, problemas que, diante de um quadro de caos mundial, obviamente preocupam as pessoas, a metáfora sobre a “marolinha” pode ser usada – e vem sendo usada – para vender aos incautos a idéia de irresponsabilidade do presidente diante de um problema tão grave.

Quando algumas montadoras de automóveis, que vinham trabalhando a plena capacidade, vêem suas vendas refrearem – e não por falta de interesse do consumidor em comprar-lhes os produtos, mas devido aos bancos não financiarem as operações comerciais por excesso de exigências cadastrais aos consumidores – e então essas indústrias começam a dar férias coletivas e até a fazer algumas dispensas, a metáfora sobre “marolinha” se torna uma piada de humor negro.

Olhando no contexto correto, porém, ter-se-á que admitir que a situação do Brasil hoje no cenário mundial, é excelente. As previsões mais catastrofistas para a economia que vi até aqui não traçaram nenhum quadro preocupante como os que se vê pelo mundo afora. Os números e o ritmo de muitos setores da economia chegam a mostrar crescimento de atividade. Com crise e tudo.

Claro que há problemas em muitos setores, como o de carros novos ou o da construção civil, mas são setores que já ensaiam reagir e para os quais o governo vem adotando medidas para suprir-lhes as necessidades.

Pode-se dizer, e sem ousar muito, que esses setores também têm perspectiva próxima de retomada de um nível melhor de atividade, ainda que não venha a ser o nível anterior, que inclusive as autoridades econômicas já diziam que estava alto demais.

Digo a vocês que, ao comparar as desgraças que estão acontecendo nas grandes economias mundiais, com demissões em massa, redução do PIB – vejam, não é desaceleração do crescimento, mas índice NEGATIVO do PIB – e problemas similares até em muitos países ditos “emergentes”– que, inclusive, estão tendo até que recorrer ao FMI –, chego a achar até apropriada a metáfora sobre “marolinha” para a forma como a crise chegou ao Brasil.

Vejam bem, estou comparando os efeitos que o resto do mundo JÁ SOFREU com os que o Brasil JÁ SOFREU, e os fatos mostram que uns e outro sofreram de forma bem diferente. Assim, mesmo se a crise por aqui se agravasse – o que acho que não será o caso –, o que aconteceu até agora no mundo e no Brasil são coisas diferentes ao extremo. Negar isso é má fé, pilantragem ou burrice extrema, pois os números e os fatos todos estão aí para quem quiser enxergar.

Se não é marolinha, a crise por aqui pode ser até um mar encapelado, mas não mais do que isso. Tsunami arrasa, marolinha nem dá para notar, mas o que estamos sofrendo dá para dizer que não vai nos afogar.

Em mar encapelado – que, aliás, é uma metáfora sofrível –, é possível atravessá-lo incólume se o capitão do barco for bom. E o nosso capitão, pelo menos até aqui, tem se mostrado muito bom. Pena que fale demais ou de menos, sempre na hora em que deveria fazer o contrário.

Não tem jeito, a crítica precisa ser feita para ver se o PT acorda: essas pérolas petistas só servem para alimentar as imprensas partidárias de São Paulo e do Rio e, em seguida, a oposição, que daí passa a repetir o que a imprensa diz – ou seria o contrário?



Escrito por Eduardo Guimarães às

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Vinte vereadores não têm o direito de legalizar o ilegal


O espaço público porto-alegrense ficou menor, a partir de ontem

Ontem, na Câmara Municipal de Porto Alegre – das tantas instituições suspeitas, neste País e neste Estado – um dos vereadores, precisamente um que se intitula “Doutor” (não cito o seu nome para não emporcalhar os olhos de quem lê esse blog), saiu-se com a seguinte sentença:

- O projeto Pontal do Estaleiro não é magnífico, é mais que magnífico, é magnânimo!

Magnânimo para quem, senhor representante da privataria do solo urbano de Porto Alegre? Para quem?

O ato falho do “Doutor” revela quase tudo do que está nas sombras e dobras da votação de ontem que aprovou por maioria de 20 a 14 a construção de um condomínio privado na Ponta do Melo, antiga sede do falido Estaleiro Só.

A área de seis hectares (60 mil m2) foi adquirida em leilão no ano de 2005 por investidores privados. Agora, esses especuladores imobiliários querem realizar o seu capital, pretendendo construir seis torres edificadas, quatro residenciais e duas comerciais. Ocorre que a atual legislação municipal veda a edificação de projetos como esse. A aprovação legislativa de ontem não pode legalizar o ilegal, a vontade de vinte vereadores não pode se sobrepor ao Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental, muito menos impor à cidade um empreendimento com objetivos puramente comerciais, que desrespeita o direito da cidadania em favor da força econômica do capital especulativo do solo urbano.

O embate legislativo de ontem é simbólico do que está por acontecer em Porto Alegre, nos próximos anos. A indústria da construção civil está represada há mais de 25 anos no Brasil, mas vem dando sinais de reação nos últimos três anos, estimulada por iniciativas desenvolvimentistas do PAC, por pressão de demanda e pelas perspectivas negociais propiciadas pelo advento da copa mundial de futebol em 2014. Com a crise mundial do capitalismo e a virtualidade do travamento recessivo iminente, a retomada dos investimentos imobiliários no País ficam condicionados à capacidade do governo federal de reagir às adversidades globais.

De qualquer forma, a corrida frenética por posições vantajosas na ocupação territorial das cidades está em franco andamento. Esse fenômeno pode ser descrito como uma corrida do ouro ou febre do solo urbano, onde poucos querem ganhar muito, e aproveitar as vantagens que pingam dos movimentos do capital em busca de realização de lucros.

Neste sentido, vereadores oriundos de classes humildes, semi-alfabetizados, toscamente politizados e turbinados por imaginários fantasiosos de ascensão social aos truques – nem sempre pautados pela ética - tornam-se presas fáceis de investidores inescrupulosos.

De resto, o que está posto hoje em Porto Alegre, e em todas as cidades brasileiras que experimentam processos similares, é o seguinte: todo e qualquer incremento de desenvolvimento local – mantidas as correlações sociais vigentes – implica uma transferência de riqueza e chances de vida, da população em geral para os grupos rentistas e seus associados.

Ontem, os vinte nobres edis adeptos do urbanismo de resultados promoveram um encolhimento (ilegal) do espaço público na cidade. Em nome do quê, mesmo?

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Na fria noite de Berlim...



Desde Berlim, Flávio Aguiar escreve sobre Luiz Pilla Vares:

"Na fria noite de Berlim, eu recebo a notícia: Luiz Paulo se foi “para o país do eterno olvido”, como dizia o grande poeta gaúcho Aureliano de Figueiredo Pinto.

Luiz Paulo de Pilla Vares (assim conheci seu nome, nem sei se era o exato), um dos melhores homens que conheci, um dos mais brilhantes jornalistas que vieram à letra, uma pessoa cheia de fragilidades e de encantos, mas numa combinação de inteligência e sensibilidade que a poucos foi dado viver.

Luiz Paulo carregava com ele aquela luz do amanhecer das culturas. Tinha também o crepúsculo doído dos que sofreram na vida, a gente via no seu olhar. Mas era tudo pelo mais melhor de bom, porque se Luiz Paulo tinha alguma qualidade, era a de que ele era o mais melhor de bom.

Nunca vi coração mais largo. Se teve estreitezas, que jogue a primeira pedra quem nunca teve alguma. Luiz Paulo era bonito. Carregava naqueles olhos claros a esperança de um mundo possível, cheio de coisas boas. O socialismo do Luiz Paulo era o melhor que a gente podia ter. Era um socialismo cheio de democracia, cheio de povo, cheio de gente contente, nada de burrocracias, nada de totalitarismos, nada de donos da verdade, nada de donos de campinho.

A última vez que vi Luiz Paulo foi na Casa de Cultura Mário Quintana, em 2002. Brindamos um café juntos. Foi um brinde olho no olho, sem dúvidas nem problemas. Lembramos dos tempos em que morávamos na mesma Porto Alegre, aquela dos bondes e do Guaíba rumorejando nos nossos ouvidos, nas frias noites de inverno ou nas cálidas manhãs de verão.

Lembramos de nossos sonhos de ter um cinema generoso que retratasse o nosso Rio Grande de modo criativo, nem deprê, nem eufórico. Luiz Paulo era o melhor de nós, era o que de melhor havia em nós, povo gaúcho entregue às lides e às margens das fronteiras, aos rudes falares contra o vento, às cerrações de outono e das ditaduras, aos punhais de inverno que cortavam nossos junhos e nossos corpos e espíritos nos cárceres.

Contra tudo, Luiz Paulo erguia seu peito pequeno, mas amplo como um céu estrelado. Naquele dia, na Casa de Cultura, Luiz Paulo vestia sob o paletó um colete cinzazul, estava frio, nem tanto, mas o suficiente para que aconchegássemos as golas sobre os pescoços. Ele me falou de seus projetos de secretário e de vida. Luiz Paulo era um homem de projetos, ele era um projeto, era um projeto do homem do futuro.

Luiz Paulo era um homem de coragem, como diz o Ney Matogrosso, um homem com h. Eu sei que ele amou profundamente a vida e na vida. Amou o amor, amou seu povo, amou o futuro. E o socialismo, que ele nunca abandonou. Luiz Paulo, os antigos povos do pampa acreditavam que as almas dos bravos corriam pela esteira da Via-Láctea, em que eles viam uma extensão dos nevados píncaros dos Andes, atrás de uma linda ema simbolizada pelo Cruzeiro do Sul.

Sei que lá estás, correndo eternamente atrás de teus ideais. Que são os nossos. Reza por nós. Reza de ateu vale mais".

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

A SEDE DA UNE E AVANÇOS DEMOCRÁTICOS


Atualizado em 22 de agosto de 2008 às 12:18 | Publicado em 22 de agosto de 2008 às 12:06



por ALTAMIRO BORGES, em seu blog




Na semana passada, o presidente Lula participou da solenidade que reconheceu oficialmente a responsabilidade do Estado no incêndio e demolição da sede da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES). A sede, localizada na Praia do Flamengo (RJ), foi um dos primeiros alvos dos generais golpistas de 1964. Ela foi incendiada e, em 1980, o general João Batista Figueiredo ordenou a sua demolição. Com essa atitude corajosa, que já enfurece os setores conservadores da mídia, o governo Lula dá mais um sensível passo no processo de consolidação e ampliação das liberdades democráticas no Brasil.

“O mesmo Estado que destruiu a sede, tradicional reduto político e cultural da juventude, está agora, mais de 40 anos depois, reparando os danos causados e devolvendo aos estudantes aquilo que lhes foi tirado e que lhes é de direito”, festejou Lúcia Stumpf, presidente da UNE. Esta foi a segunda visita de um presidente da República à sede das entidades em seus 71 anos de lutas por democracia, soberania e justiça – a primeira foi de João Goulart, pouco antes do golpe de 64. Na emocionante solenidade pública, Lula também assinou o projeto de lei em que a União assume que indenizará as entidades estudantis em até R$ 36 milhões para a reconstrução da sede.

“Reparar os danos” do passado

Em seu discurso, Lula reafirmou o seu compromisso com a ampliação da democracia e o respeito aos movimentos sociais. “Tenho orgulho de reparar o dano causado à UNE”. Após conhecer a maquete do novo prédio, um projeto arquitetônico presenteado pelo renomado Oscar Niemeyer, o presidente afirmou que estará presente quando for assentado o seu primeiro tijolo. A UNE e a UBES devem agora intensificar a campanha “Meu apoio é concreto”, que visa garantir a rápida tramitação do projeto de lei e já conta com a adesão de mais de 400 deputados e 50 senadores.

O reparo aos danos causados pela ditadura às entidades estudantis é uma conquista democrática da mais alta relevância. Ela se soma a outra expressiva vitória recente – o reconhecimento das centrais sindicais dos trabalhadores. Pela primeira vez na história do sindicalismo brasileiro, as centrais terão vida plena, participando das negociações dos grandes temas nacionais e contando com recursos para as suas atividades. No mesmo rumo da ampliação da democracia, o governo decidiu enfrentar o delicado debate sobre a punição dos crimes de tortura no período ditatorial. A reação da direita militar e civil é violenta, mas o assunto já retornou ao cenário político nacional.

Pescado do Vi o mundo do Azenha

sábado, 26 de julho de 2008

Líder da Revolta da Chibata recebe anistia 39 anos após a morte






Mestre-Sala dos Mares
(João Bosco e Aldir Blanc)

Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar apareceu
Na figura de um bravo marinheiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como almirante negro
Tinha a dignidade de um mestre-sala
E ao acenar pelo mar, na alegria das regatas
Foi saudado no porto
Pelas mocinhas francesas

Jovens polacas e por batalhões de mulatas

Rubras cascatas
Jorravam das costas dos negros
Entre cantos e chibatas
Inundando o coração
Do pessoal do porão
Que a exemplo do marinheiro gritava, então:

Glória aos piratas, às mulatas, às sereias,
Glória à farofa, à cachaça, às baleias,
Glória a todas as lutas inglórias

Que através da nossa história
Não esqueceram jamais.........

Salve o almirante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais

(Mas, salve...)
Salve o almirante negro
Que tem por monumento

As pedras pisadas do cais

“É concedida anistia aos insurretos [rebeldes] de posse dos navios da Armada Nacional se os mesmos, dentro do prazo que lhes for marcado pelo governo, se submeterem às autoridades constituídas”. Isso é o que afirmava o texto do Decreto Legislativo n.º 2.280, em 25 de novembro de 1910 – publicado três dias após o início da revolta da Chibata, no Rio de Janeiro. Um dos beneficiados pela legislação seria João Cândido Felisberto, principal líder do movimento. Mas só nesta quinta-feira (24), 39 anos após sua morte, ele recebe tal direito.

Tanto João Cândido quanto os demais integrantes da revolta, que durou apenas seis dias, receberam do governo brasileiro anistia pós morte, publicada hoje no Diário Oficial da União. De acordo com a norma, a finalidade é “restaurar o que lhes foi assegurado pelo decreto”.


O líder político morreu de câncer em 1969, aos 89 anos, no Hospital Getúlio Vargas, Rio de Janeiro. A Revolta da Chibata mobilizou cerca de 2 mil marinheiros na baía de Guanabara, que prometeram bombardear a cidade, até então capital do Brasil, caso os castigos físicos impostos pelo regime da Marinha não cessassem.


No desfecho da revolta, o governo brasileiro se comprometeu a acabar com as punições físicas (chibatadas, regulamentadas à época), mas, mesmo assim, os marinheiros foram detidos. No decorrer das tensões, seis deles foram mortos – inclusive foi o castigo a um deles, Marcelino Rodrigues Menezes. Esse foi o pretexto para o início da revolta.

A idéia de conceder a anistia pós morte ao líder e aos demais revoltosos partiu do Senado e foi aprovada pela Câmara dos Deputados no último dia 13 de maio.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

BLOG NÂO É CONCESSÃO PÚBLICA!

Faço minhas as palavras da blogueira: pescadfo do Desabafo país - http://desabafopais.blogspot.com/

Eu comprei o meu computador e meu laptop, paguei com o meu dinheiro, que nunca recebi de nenhum governo, pois nunca fui funcionária de nenhum governo, de nenhum partido político e de nenhum político. Eu pago o meu provedor, pago minha banda larga, pago a minha conta de luz. Pago caro. E o TSE vem dizer que meu blog é concessão pública? Quer calar os internautas,impedir o debate, as denúncias e os elogios aos candidatos às eleições? Vão me impedir de espalhar aos quatro ventos que Marta foi a melhor prefeita que SP já teve, ou que Serra, Kassab, Alckmin, Maluf, foram e são os piores governantes e candidatos? Eu desafio o TSE a provar que o meu blog é uma concessão pública. Jornais e revistas recebem dinheiro dos governos como pagamento de publicidade, recebem benesses fiscais dos governos, publicam matéria pagas pelos governantes, candidatos, partidos. São pagos sim, até com dinheiro desviado de estatais, por baixo do pano, para elogiar este ou aquele candidato que mais lhes convém, que mais será rentável no futuro. Alguém duvida que a PIG está envolvida nessa idéia besta do TSE? Eu não duvido, aliás tenho certeza. Os blogs oferecem notícias de graça aos seus leitores, informações preciosas que as revistas e jornalões omitem propositalmente, ou às quais não dão o devido destaque porque não lhes convém, não convém que o povo saiba. Os blogs fizeram uma enorme diferença na eleição de 2002 e principalmente na de 2006, quando o governo Lula foi massacrado diariamente pela mídia. A blogosfera lulista-petista atuou na defesa do presidente Lula, do governo Lula, pelo resgate da verdade, da informação, do esclarecimento, com artigos que a mídia escondia. Isso incomodou muito a mídia, os jornalões e as revistas semanais tidas como formadoras de opinião. Opiniões pagas, manipuladas. Muitos blogs foram criticados pela mídia, por pseudo-jornalistas, por políticos opositores, inclusive o meu. Afirmo e reafirmo: o meu blog não é concessão pública. Mantenho o meu blog por acreditar que um Brasil melhor é possível, com crescimento, emprego e renda. Porque sonho com um Brasil mais justo, mais solidário, mais humano, com menos desigualdades sociais, livre e soberano. O meu direito de livre expressão é garantido pela Constituição e dele eu não abro mão.
Escrito por Jussara Seixas

TSE restringe uso de internet na campanha
A restrição imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral ao uso da internet como instrumento de propaganda fechou as portas do mundo virtual para a divulgação de informação jornalística e de manifestações individuais sobre candidatos. A limitação está prevista na Resolução nº 22.718, uma espécie de guia para as eleições municipais deste ano. O ponto mais polêmico é o fato de o TSE ter equiparado legalmente a internet ao rádio e à televisão, que são concessões públicas.A legislação eleitoral proíbe a mídia eletrônica de difundir opinião favorável ou contrária a candidato e ainda de dar tratamento diferenciado aos postulantes. Já os jornais e revistas, que são empresas privadas, não sofrem restrições. Folha(Tucana) de São Paulo

quinta-feira, 3 de julho de 2008

SOBRE O QUE NÃO ESTÁ A VENDA

Pescado no sugestivo "sobre o que não está a venda" http://naoestaavenda.blogspot.com/

Santiago/RS:

O Secretário Geral do PMDB local, meu amigo Márcio Brasil, rompeu com a direção do partido e declarou seu apoio á candidatura de Júlio Cezar Prates, do PT.
Em um belo manifesto, no qual se posiciona contra o conservadorismo dos caciques locais, e a coligação com os maiores adversários do governo Lula, do qual o PMDb faz parte da base de apoio.
Ressalta em seu manifesto as conquistas sociais alcançadas durante esse governo e a submissão do anterior aos desmandos do capital extrangeiro, a ruína que causaram a infra-estrutura do país e os recentes escândalos de corrupção da aliança PSDB-DEM (PFL) no governo do Estado.

SEGUE O "MANIFESTO" de Márcio Brasil: blog: http://www.marciobrasil7.blogspot.com/

Domingo, Junho 29, 2008

Hoje estive na sede do diretório do PMDB, onde era realizada a convenção municipal do partido. Fui lá apenas para "dar uma olhada". Afinal, já havia adiantado para vários amigos a decisão em não ceder à idéia de concorrer a nada. E, para quem não percebeu, o texto que incluí em minha coluna no Expresso da última sexta (sobre pôquer e política), falava justamente disso. Os partidos de oposição ora promovem uma aliança, o denominado frentão, com propósito de chegar a prefeitura. Diversos partidos e diversos interesses conflitantes buscam a oportunidade de administrar Santiago. De minha parte, sempre defendi que antes de se buscar nomes, é preciso que haja idéias, propostas e nunca acreditaria em uma campanha onde se ressaltassem nomes e não idéias. E, da parte da oposição, foi só o que mais vi. Se discutia se o melhor nome era o Pedro, o João, o Paulo, a Maria ou o José. Uma hora o Pedro era bom, mas não aceitava o Paulo, que poderia ser, mas o seu partido era menor que o do José. Ou seja, jogo de belezas, discussão de vaidades. O que menos importava era o conteúdo. Claro, sempre vai aparecer alguém para me contestar e dizer que "não, nós temos muitas idéias e blá, blá, blá". No entanto, tais idéias devem estar escondidas n'alguma catacumba, pois nunca as vi. A não ser discursos utópicos de que Santiago precisa mudar e etc. Mas, enfim, mudar para onde e para quê? Qual é a proposta de mudança? Não posso crer no que não posso ver. E eu, como alguém pobre, não posso ser conivente com qualquer proposta elitista apresentada por uma meia dúzia de abastados. "Isso é o que nós achamos que é o melhor para os pobres". Pô, alguma vez perguntaram para alguém nos bairros carentes o que pensam de sua situação e o que realmente esperam? Não, eles deduzem com pensamentos do tipo "o povo gosta de pão e de circo", assim meio simplistas mesmo. Para mim, pelo menos, nunca me perguntaram o que eu achava sobre qualquer coisa. E, sequer tendo o meu pensamento valorizado, como é que poderia apoiar qualquer candidato que se achasse numa situação financeira privilegiada? Não posso votar em quem diga que vai defender os pobres, mas sequer saiba o que uma pessoa pobre come. Ou o tipo de necessidade que enfrenta.

No início desse ano, concedi uma entrevista ao blog de Júlio Prates, onde externei um pouco de meu pensamento política. Como você pode conferir aqui.
E sempre disse que preferia ver a situação na prefeitura, que está acostumada ao poder, do que ver a oposição ascender com sede de poder. Sempre defendi as minhas idéias e não aceitei ser cabresteado. Na entrevista citada, ainda disse que era preciso ousar na concepção das chapas, afinal, de nada adiantaria ostentar um discurso de mudança, se na própria coligação já vinham com uma proposta arcaica. Portanto, defendia uma aproximação do PMDB com o PT, pois acreditava na união de propostas sociais, preservando a dignidade do discurso (e não na conveniência de siglas). Diversas vezes dentro do diretório se externou que o PMDB deveria estar à frente do processo, o que eu concordava e até defendia alguns nomes. No entanto, como todos os outros, rechaçava a hipótese de aliança como coadjuvante.
O presidente do PMDB e outros companheiros chegaram até a ensaiar que abdicariam de seus cargos, caso o PMDB fosse de vice de Vulmar. Nada que uns poucos dias antes da convenção não mudasse o seu pensamento. Eu, afinal, sigo preservando a minha idéia: não concordo, não concordo e não concordo. E, como presidente da juventude e membro da executiva, ninguém veio me perguntar o que eu pensava (e julgava ter um cargo influente no PMDB- agora vejo-pura fachada). E se não perguntarem nada para mim, acho que nem para o diretório. Ou seja: decisão de cima para baixo. Zeus lançando raios na cabeça dos mortais. (alias, sequer nos avisavam das reuniões, afinal, "os piás eram sempre do contra"...).

Ao declarar que não iria me candidatar (pois antes preciso me construir muito mais e me qualificar como ser humano e como ente político), um companheiro me disse. "Mas tu tem que ir. Tu deve fazer tantos votos e aí pode ganhar uma secretaria". Pô, que saco. Eu não tenho vontade de entrar numa disputa com propósito de ganhar cargo e rechaço por completo essa história de "uma secretaria para tal partido, duas para o outro". Sou contra a profissionalização política. Sou contra cabides de emprego. Sou contra pessoas desqualificadas ocupando qualquer cargo que não estejam habilitadas para tal. E vejo com o maior nojo que pessoas que falavam mal do candidato do PSDB, hoje se achegam debaixo de suas asas e lhe elogiam até o cheiro das axilas (Avanço?), vislumbrando uma possibilidade de vitória. E, consequentemente, de ganhar cargos. Isso dá nojo e, para mim, não serve.

Se isso vai acontecer ou não, não sei. Mas que determinados aliados políticos espalham que isso vai acontecer isso é verdade. E, sinceramente, não gosto do que ouço. Não me agrada nem um pouco. Outra, sempre procurei manifestar que eu tinha interesse em contribuir com idéias nas mais diversas áreas. E sei por compartilhar tais idéias com amigos intelectuais e historiadores de que tais idéias seram bastante propícias. No entanto, verifiquei às duras custas que, muitas vezes, dentro de um partido não se valoriza tanto se tu tem idéias e se tu tem conteúdo. Interessa se tu é da parceria. Outro dia, ousaram me questionar o porquê de eu integrar um grupo chamado "Movimento Juventude com Atitude", onde não inseri nenhum aspecto político dentro do grupo e me cobravam por isso. Sabe por que nunca inseri nada disso? Porque não queria que um dia alguém viesse me dizer o que fazer. Como vejo que teria acontecido, caso tivesse interido o nome de sigla à frente do grupo. E, outra, sabia que se eu não inserisse siglas, levaria o grupo para onde fosse e ele poderia existir sem mim. Por essas posturas, é que não sou tido como parceiro. Porque não digo amém para pensamentos arcaicos e prepotentes. O que sou na vida, devo ao meu pai, a minha família e aos meus amigos. Não a cabrestos partidários.

E, sinceramente, parceiro de pensamentos elitistas, eu não sou. Sou da revolução. Sou da igualdade. Sou da justiça. Não senti que minhas idéias fossem valorizadas. Nem tampouco, senti que as idéias da juventude eram apoiadas. Parece que a juventude serve para segurar bandeirinhas, para ser cabo eleitoral, mas não para participar das decisões. Isso é subestimar a tantos que poderiam contribuir.
Em nenhum momento das discussões políticas lembraram da juventude para que contribuíssimos com a construção de um projeto de administração, como queríamos. Ou que algum nome de nossa juventude, como o próprio Rodrigo Vontobel, fosse simplesmente lembrado para ser candidato em alguma chapa majoritária, por exemplo. E por que nunca cogitaram para uma chapa majoritária qualquer outra pessoa que não fosse um "poderoso", um figurão, mas que fosse alguém do povo, alguém pobre, mas honrado? Afinal, a política não é um instrumento de todos? Não teria de ser igualitária?
Não, para agregar votos como candidatos a vereador ou segurar bandeiras, serviríamos. Para qualquer outra concepção, aí se optaria de sempre. "Espere esses jovens ficarem velhos e perderem a capacidade de lutar, o idealismo e o inconformismo com o que está errado". Talvez, assim, ao perdermos nossa força de lutar contra o sistema (e entrarmos para o sistema) estaríamos então aderindo a um padrão de conformismo e, aí sim, talvez fôssemos lembrados para defender uma causa. Pois eu digo: não. Somos livres e não cremos em quaisquer amarras partidárias, a não ser que tais defendam o que é da justiça.

A recente decisão das lideranças do PMDB de apoiarem a candidatura do PSDB ao executivo municipal de Santiago é duvidosa, confusa e questionável.
Primeiro, porque joga-se o PMDB na lata do lixo da história, capitulando para quem até há pouco era considerado, um algoz. A decisão ignora a própria história do Partido em Santiago, conquanto todos sabem que a cisão fratricida foi criada na época em que Vulmar Leite era prefeito, quando saiu do PMDB e criou o PSDB.

Portanto, num solene desprezo para com a História e num ato de capitulação política, os dirigentes atuais colocam o partido como coadjuvante no processo, inclusive, contrariando decisão unânime do diretório há cerca de dois meses de que o PMDB deveria ter canditura própria ou, em caso de coligação, estar à frente da chapa. Era essa a decisão que apoiávamos sob qualquer hipótese. Até mesmo porque, dos partidos de oposição, o PMDB foi o que mais se renovou em seu quadro de filiados, administrou a Câmara de Vereadores, assumiu a presidência do Corede e promovou cursos de formação e qualificação política. Tudo para bem preparar os seus quadros e, honrando a história do partido, defender uma proposta coerente, lógica e evolucionista para Santiago. Mas não foi o que acabou acontecendo.

Assim, integra-se a coligação, descaracterizando-se politicamente, visto que o PSDB e o DEM são os maiores adversários das políticas públicas patrióticas e comprometidas com os setores populares do Brasil, as quais estão sendo implatadas pelo Governo Federal, no qual o PMDB integra a base aliada de Lula.Assim, ao aliar-se com seus adversários no plano nacional, os peemedebistas locais jogam contra os interesses maiores da nação e das políticas que beneficiam a sociedade e os jovens.

Nunca o Brasil esteve tão bem, tão próspero e tão alvissareiro. Os jovens da nossa região hoje tem respostas do poder público; e aí está o PRO-UNI, permitindo o acesso dos pobres à universidade, aí está a UNIPAMPA, uma universidade pública federal fornecendo ensino superior gratuito em nossa região, aí está o CEFET, com ensino superior tecnológico, em suma, aí estão políticas públicas no campo do ensino superior que atendem as demandas da juventudade e são bem diferentes daquelas da era FHC, do PSDB, que cultivava o sucateamento do ensino público e privilegiava o ensino privado, apenas aumentando os ganhos dos donos de universidades e daqueles que fazem da educação uma mercadoria.

As estradas no governo FHC eram intransitáveis. No governo Lula, aí está a diferença. O campo recebeu o “LUZ PARA TODOS” e foi uma revolução no meio rural. Hoje existe micro-crédito para o pequeno e médio, existem recursos do sistema financeiro de habitação para os setores médios e pequenos. A economia do Brasil vai bem, temos até dinheiro de sobra para quitar a dívida externa. O salário mínimo adquiriu novamente poder de compra. Existe comprometimento real com os setores pobres e açoitados.

Em suma, é inconcebível para quem tem discernimento político, fomentar uma aliança com tucanos e democratas. E nem estamos falando no governo de Yeda Crusius que enfrenta uma forte crise, recebendo pesadas críticas da sociedade gaúcha, um governo inimigo do social e que tem imposto uma política de arrocho salarial contra os professores e funcionários, policiais civis e militares, funcionários da CORSAN, da SUSEPE e demais setores do funcionalismo público.

Portanto, não compactuo com essa coligação, e de minha parte discordo dessa coligação que ora se apresenta. Conforme está descrito na constituição federal, "todo poder emana do povo". Portanto, não posso crer que doutores, advogados e coronéis possam apresentar qualquer proposta que realmente contemple o povo, que beneficie a população pobre e que venha realmente a sanar as dificuldades que as pessoas carentes de minha cidade enfrentam. Desde já, chamo os setores históricos do PMDB- como o dr. Antônio Valério da Rosa (que nos manifestou seu apoio irrestrito)- os setores lúcidos e não capituladores, a cerrarmos fileiras ao lado do Partido dos Trabalhadores, hipotecando nosso apoio a candidatura de Júlio César Prates a Prefeitura de Santiago. Único dos candidatos que está formado pela URI e que, desde já, apresenta propostas diversas para a construção de uma administração evolutiva com mais trabalho e dignidade para todos. Enfim, só posso crer naquilo que vejo. Só posso ter fé naquilo que sinto segurança. Só posso apoiar aquilo que meu coração diz que é o caminho mais digno. Portanto, é essa a minha decisão, como presidente da juventude do PMDB de Santiago. E aproveito para escrever um texto longo para gastar o tempo dos companheiros que adoram monitorar e imprimir meu blog, com intuito de tentar bloquear o meu pensamento e fazê-los gastar um pouco de tinta da impressora e páginas de ofício. Tenho um arsenal de pensamentos e a escrita é a minha arma, à favor de uma sociedade justa e que olhe mais pelos necessitados e menos para os coronéis. E, afinal, esse é o meu blog, onde escrevo sobre o que eu penso, acredito e defendo.

sábado, 28 de junho de 2008

PORTOCARRERO NA CONVENÇÃO DO PARTIDO DOS TRABALHADORES


Na Convenção petista, no dia 28 de junho de 2008, José Afonso Botura Portocarrero discursa aceitando sua indicação a vice-prefeito na frente junto ao PR e PMDB.
Vencedor das prévias, optou por trocar a candidatura própria pela frente tendo em vista a unidade partidária, ameaçada por divergências internas.
Na convenção também foram aprovados os nomes de 22 companheiros e companheiras que farão a chapa de vereadores buscando a ampliação da Bancada Petista hoje composta pela Vereadora Enelinda Scala e o Vereador Ludio Cabral.

domingo, 15 de junho de 2008

DEMOCRACIA PETISTA

DEFENDER A HOMOLOGAÇÃO DAS PRÉVIAS EM CUIABÁ É DEFENDER A DEMOCRACIA PARTIDÁRIA EM TODO O BRASIL! Um pequeno histórico: A Prévia Eleitoral em Cuiabá-MT desenrolou-se de acordo com as normas estabelecidas pela Sorg Nacional, até a data de 08/06/2008. Ou seja: 1) Não realizou Encontro de definição da tática eleitoral, como era facultado; 2) Houve duas inscrições de pré-candidaturas a prefeito (Dr. Farina e Portocarrero) 3) Realizaram-se 3 debates entre as candidaturas; 4) No dia 18/05/2008 realizaram-se as prévias e a eleição de delegados para o encontro municipal; 5) Além dos dois, inscreveram-se quatro chapas para a eleição dos delegados ao Encontro Municipal, sendo que na de nº. 1 - "Identidade PT - Candidatura Própria", compunham grupos políticos que apoiavam tanto uma candidatura como a outra, mas que comungavam no sentido e compromisso político de legitimar o processo e fortalecer o processo das referidas prévias; 6) Quanto às demais chapas: a de nº. 2 - que apoiava uma frente com o PR, do Governador Blairo Maggi (aquele que ajudou a derrubar a floresta amazônica e a Ministra Marina e que agora briga com o Minc); a de nº. 3 apoiou a candidatura Portocarrero; a de nº. 4 também de apoiadores do arquiteto Portocarrero. É bom esclarecer que o apoio ao candidato Farina era dado pelo campo que foi majoritário no último PED, sendo que quanto aos demais grupos tiveram pouca expressão naquele evento; 7) O resultado das prévias foi que o quorum foi alcançado (948 votantes) com larga sobra e que o arquiteto Portocarrero foi escolhido com 53% (459 votos) dos votos válidos, contra 397 votos dados ao Dr. Farina. Não houve número de votos brancos e nulos (92 votos) que justificassem qualquer outra atitude a não ser a declaração do vencedor; 8) Na apuração das chapas os votos foram divididos assim, de acordo com as tendências internas: a. A tendência que tem a hegemonia no DM, da chapa 1 (Identidade PT - Candidatura Própria) ficou com 85 delegados b. Três médias e pequenas tendências/grupos ficaram com 74 delegados c. A tendência majoritária no DE 55 delegados d. Independentes/outros 3 votos 9) No dia do Encontro Municipal, o grupo Majoritário no DE, que defendia a aliança com o PR, inscreveu apenas os delegados detentores de cargos eletivos e manteve sua postura de esvaziar o encontro; 10) Apesar de sempre confirmar que iria respeitar a decisão das prévias e de terem formado chapa com nome de "candidatura própria", o grupo da maioria do DM impediu o cadastramento da grande maioria de seus delegados (82 faltas), impedindo assim - na aliança que fizeram com o pessoal anteriormente citado - de ser alcançado o quorum no Encontro Municipal; 11) Isto posto, deram abertura no final do prazo de inscrições e imediatamente encerraram o encontro por falta de quorum aproveitando a ocasião para chamar reunião da Executiva municipal para o dia seguinte, pela manhã e já lá decidiram encaminhar para a executiva do DE proposta de frente, com o PR, e com sugestão de nome para vice de uma ex-deputada até então completamente alheio ao processo; 12) No mesmo dia à noite reuniu-se a Executiva estadual que ignorou o recurso dos apoiadores da candidatura própria que foi baseado no Estatuto do PT (Art. 62 - § 4º - "Prévia eleitoral é uma forma de plebiscito, obrigatória e deliberativa, em determinado nível, para definição de cargos majoritários e seu resultado terá sempre caráter deliberativo, desde que alcançado o quorum,") e aprovou a indicação estapafúrdia da Executiva Municipal, indicando o nome para vice na chapa do PR e encaminhou sua deliberação à Nacional. Além de promoverem todo um circo midiático de apoio à candidatura do PR que, vendo nossa divisão dentro do PT, não quis assegurar a vice que era propugnada. Estamos frente a um acontecimento insólito em nosso partido, que sempre honrou sua democracia interna: o resultado soberano da consulta partidária foi atropelado ilegalmente pelas pretensões de grupos que atualmente comandam o PT neste estado. Não é a primeira vez que o grupo majoritário na direção perde em consultas à base. - No plebiscito pela forma de governo, por exemplo, a grande maioria da direção apoiava o parlamentarismo, mas o presidencialismo venceu, e a posição do partido foi esta. E em vários estados sempre aconteceram "surpresas" como, por exemplo, a vitória, este ano, em Porto Alegre, da companheira Maria do Rosário que tinha minoria tanto na direção municipal como na estadual, mesmo assim foi referendada, demonstrando que quanto mais forte o partido se encontra, mais democrático ele atua. Já imaginaram se este precedente for aberto? No que este tipo de atitude nos transforma? Naquilo que buscamos diferenciar quando da criação de nosso partido. Um partido democrático, que respeita a vontade de suas bases! O ataque à democracia em Cuiabá não pode ser admitido por qualquer petista que preza a história de nosso partido, Conclamamos a todos os PeTistas, do Brasil inteiro, guardiões da democracia partidária, que tanto prezamos e defendemos, que enviem ao diretório nacional, com cópia ao nosso movimento, e-mail, carta ou telefonema se posicionando claramente neste ponto e repudiando as atitudes anti-democráticas destas direções (municipal e estadual) EXIGINDO A IMEDIATA HOMOLOGAÇÃO DO SEU RESULTADO DEMOCRÁTICO! presidencia@pt.org.br com cópia: settineri@uol.com.br